Onze minutos
Acabei ontem de ler o último livro de Paulo Coelho - admito que não é um dos meus escritos favoritos. É, para mim, o equivalente ao fast-food da escrita.
Onze minutos, foge um pouco daquilo que Paulo Coelho normalmente escreve, mesmo assim, para um tema tão rico como a prostituição, o autor explora-o muito pouco. Existem livros cujo resumo é impossível, existem livros que só mesmo a leitura de uma ponta à outra nos torna mais ricos - este não é um desses livros!
O autor imaginou como seria a vida de uma prostituta brasileira na Suiça, não uma prostituta que o fazia por necessidade, mas uma que se começou a prostituir para poder comprar uma fazenda na sua terra natal. Recebia entre 350 a 1000 francos por cada cliente e trabalhava num clube.
Ela percebeu a determinada altura, que não vendia o seu corpo, mas como qualquer profissão, vendia o seu tempo. Decidiu que tinha dinheiro suficiente para a sua fazenda e foi embora, pelo meio encontrou o prazer na dor e no amor, escolheu um.
E quando tentamos arranjar motivo para elogiar o autor (a história é pouco explorada mas tem, temos de admitir alguma originalidade) constatamos no final que Paulo Coelho apenas se limitou a copiar a história de um manuscrito que leu. Enfim um livro agradável de ler, mas muito pouco enriquecedor - apenas mais um no monte.
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