traição
Tudo se resume ao carácter. Dizes tu.
Não é bem assim.. a traição existe pura e simplesmente, não é possível de explicar, não tem necessariamente que ter outra razão que um conjunto de vontades…
A pergunta que fica é sempre a mesma para quem trai…O que será mais grave? A traição perante o companheiro, ou perante si próprio?!? Será mais grave trair-se a si próprio numa semi-felicidade, numa esperança eternamente adiada (levando consigo o companheiro, impondo-lhe o cimo desse muro, onde não se é feliz, nem infeliz), ou trai-lo simplesmente a ele, sem mais nada – uma traição física, brutal, dura e dolorosa…
O que será mais grave: um momento de traição, que apenas o é, porque nada está bem, ou um arrastamento do “menos mau”, do “é simpático”, do “gosto dele”, do “está comigo” em vez do amor…
E lá voltamos nós de novo aos indefiníveis amor e felicidade. Eu não sei, também não atiro a primeira pedra, aliás não atiro mesmo nenhuma… aqui os telhados são sempre de vidro…
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