Tinhas de ser tu, João.
Neste blog, o meu amigo João fala do amor. Como qualquer amigo que está longe, os seus posts servem para matar saudades e revê-lo, nem que seja na minha memória.
Ora, pões-te a falar de amor e deixaste-me melancólico, introspectivo...
Olho para trás e nem sei... Por vezes era eu que não me deixava amar nem que me amassem, por vezes era ela que me impedia de amar - as relações amorosas raramente são completas, raramente nos entregamos por completo e amamos, simplesmente amamos.
Sem medos, sem ses, sem se calhar, sem talvez...
Acho que em 30 anos só três vezes posso dizer que genuinamente amei... o resto foram espasmos de paixão, detalhes, "fait divers", projectos que eu próprio sabia condenados a insucesso, rostos (bons de lembrar no quadro da parede, mas impossíveis de imaginar de manhã, ao acordar).
Curiosamente das três mulheres que de facto acho que amei, tu és a única pessoa que conheçe as três.
Por isso quando falas de amor, provocas-me um sorriso.
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