Uma justificação tão boa como outra qualquer...

"De que forma o mundo é governado e como começam as guerras? Os governantes contam mentiras aos jornalistas e depois acreditam naquilo que lêem."

Karl Kraus

Promessas eleitorais

A campanha para o senado belga, deixou de ter ha alguns dias, adjectivos que a possam qualificar.
Os Belgas, tal como nós já estavam habituados a promessas eleitorais, mas isto é, no mínimo... inovador.

Para responder a uma promessa eleitoral de um dos partidos (400 000 empregos na Bélgica), esta menina (Tania Derveaux) candidata ao senado pelo partido NEE e também actriz de filmes porno, prometeu fazer sexo oral a 40 000 eleitores belgas, e para piorar as coisas, está a levar a promessa muito a sério.

O major Valentim e os seus electrodomésticos, bem como o nosso Alberto João e as suas inaugurações, são uns meninos ao pé desta senhora...

Luz

Dia 25 de Junho, Pedro Abrunhosa lança o seu novo album, intitulado de "Luz".
Depois de alguns anos sem editar, é com muita satisfação que volto a ouvir alguma coisa nova do Pedro Abrunhosa.

As suas músicas são-me muito marcantes, não só por ilustrarem fases muito boas da minha vida, como também por ser único na forma como compõe.



Ele não faz música, faz poesia. Tem apenas a característica especial de conseguir declamar a sua poesia envolto num ambiente músical. Eu, gosto muito.

Aqui fica um poema do próximo album, chama-se "Balada de Gisberta"

Perdi-me do nome,
Hoje podes chamar-me de tua,
Dancei em palácios,
Hoje danço na rua.
Vesti-me de sonhos,
Hoje visto as bermas da estrada,
De que serve voltar
Quando se volta p’rò nada.

Eu não sei se um Anjo me chama,
Eu não sei dos mil homens na cama
E o céu não pode esperar.
Eu não sei se a noite me leva,
Eu não ouço o meu grito na treva,
O fim vem-me buscar.

Sambei na avenida,
No escuro fui porta-estandarte,
Apagaram-se as luzes,
É o futuro que parte.
Escrevi o desejo,
Corações que já esqueci,
Com sedas matei
E com ferros morri.

Eu não sei se um Anjo me chama,
Eu não sei dos mil homens na cama
E o céu não pode esperar.
Eu não sei se a noite me leva,
Eu não ouço o meu grito na treva,
O fim vem-me buscar.

Trouxe pouco,
Levo menos,
E a distância até ao fundo é tão pequena,
No fundo, é tão pequena,
A queda.

E o amor é tão longe,
O amor é tão longe… (…)

E a dor é tão perto.

só para aguçar o apetite...

insomnia...

de vez em quando dá-me para isto. Rebolo na cama e não consigo dormir - rendi-me e "aviei-lhe" com uma noite cinéfila.



Primeiro com um filme que estava para ver há bastante tempo - "Search of hapyness" (Está bem escrito - é mesmo hapYness!), com Will Smith, uma história verídica.

Um filme demasiado "americanizado" - é o sonho americano por excelência, onde um pai e filho passam por extremas dificuldades antes de chegar ao topo. Argumento com qualidade mas fórmula já muito experimentada. Não me impressionou, sou sincero. Eu, que até costumo me render a esse tipo de argumentos, não fiquei com "pele de galinha" neste.



Depois não resisti e, agora que estão quase a fazer 20 anos desde o seu lançamento, fui rever o "Dirty Dancing" - agora que tenho aulas de dança tem todo o sentido. Para a época em que foi lançado é excelente, e não consigo deixar de recomendar um tema da faixa sonora - o poderoso "Yes" de Merry Clayton - um tema que faria sucesso ainda hoje.


Algumas semanas atrás seria muito complicado dizer isto, mas estou ansioso pela quinta feira e pela aula de dança - agora de volta para cama... tentar outra vez dormir!

Sonho.

Faz exactamente hoje 8 anos - Dia 19 de Junho de 1999. Um dos dias mais felizes da minha vida.
Foi a concretização de um sonho, ainda hoje me arrepio só de lembrar esses momentos.



Obrigado Beira-mar.

Eu sei, eu sei...

Eu sei que isto é completamente porco, inadequado, inapropriado para um blog desta qualidade...

Eu sei que corro riscos de ser escumungado pela igreja católica, até de ser colocado ao mesmo nível da Amnistia Internacional por este papa, até mesmo de ter de ouvir "bocas" foleiras das minhas amigas....

mas não consigo resistir...

Aqui fica:



Bom fim de semana! (Com a Ana ou sem ela...)

"Fim do banco"

Quem me conhece sabe que gosto particularmente do humor do Bruno Nogueira e sou um assíduo visitante do blog dele .



Fui surpreendido nos últimos dias por um texto brilhante que ele publicou sobre a terceira idade. Num registo totalmente diferente da comédia, o bruno mostra que o futuro é dele. A não perder! O texto chama-se "Fim do banco" e pode ser lido no corpo dormente do Bruno Nogueira.

Quase quase...

Não está aqui em causa o resultado do jogo porque Portugal perdeu, perdeu bem, aliás como poderia ter perdido depois da péssima exibição que fez no jogo inaugural frente à Bélgica.

Aparentemente o treinador Holandês tinha razão - temos grandes jogadores mas não temos equipa, se calhar temos jogadores agora treinador a que não...



Que José Couceiro é mau treinador, acho que ninguém duvida, agora a novidade foi mesmo para mim que tenha vindo a justificar a derrota com a arbitragem. Uma má novidade para a imagem Portuguesa.

Até podemos ter sido prejudicados, mas uma equipa que joga tão pouco ao longo destes 2 primeiros jogos, não pode procurar que não nela própria, as razões de tal ter sucedido - e é aqui que falhamos de novo. Temos de dar um exemplo diferente (não fosse este ainda um escalão de formação).

Este José Couceiro é bastante parecido com o Mourinho - com apenas uma pequena diferença... o Mourinho consegue ganhar!

vergonha

Dou-me de caras, estupefacto aliás, que a reitoria da universidade de Coimbra tenha tido um ataque de estupidez e de provincianismo (pelo menos) e venha solicitar à comunidade Universitária que votem no concurso "7 maravilhas" para que o paço das escolas posa figurar numa das "7 maravilhas portuguesas".

Eu até acho o concurso interessante - isso não está em causa, agora aquilo que se me afigura simplesmente ridículo é que cada câmara municipal ou neste caso a universidade, resolvam entrar numa verdadeira campanha eleitoral tentando que o seu monumento chegue aos 7 primeiros.




Se o consigo entender por parte da câmara municipal - afinal está a contribuir para o aumento turístico da zona e para as receitas do comércio, não consigo entender que uma universidade o faça.

Por diversas razões... será que a divulgação turística do paço das escolas trará mais e melhores alunos para a UC, trará mais prestígio, mais dinheiro, mais rendimentos a uma universidade há muito a contar tostões? Obviamente que hoje em dia não - já lá vai o tempo onde direito e medicina em Coimbra faziam uma universidade - hoje isso já não é suficiente.

O que a Universidade de Coimbra ainda não entendeu, e esta reitoria aparentemente também não, é que uma universidade como esta tem de divulgar outras valências - aquelas que fazem a diferença hoje em dia - como a investigação científica que faz (alguma com bastante qualidade), a qualidade e excelência do seu quadro docente (inquestionável), o seu ensino, a formação curricular e extra-curricular que proporciona, a formação humana...

Não será com certeza por termos um edifício absolutamente único, nos seus 1000 anos de história e na sua mescla ímpar de fortaleza, palácio e escola (paço das escolas) que atrairemos um estudante ou investimento de investigação que seja.

O paço das escolas é lindíssimo, mas a universidade tem de perceber que a sua função na sociedade não é essa, existe na região de Coimbra uma região de turismo para alguma coisa.

O próprio site da universidade incentiva a comunidade universitária a gastar o seu dinheiro em chamadas e SMS com o intuíto da participação neste concurso. Vegonhoso. É para isto que eu pago propinas?!?

É colocar a instituição Universidade a um nível que, na minha opinião ela não merece, tão pouco a sua comunidade.

Calados seguimos, recordando glórias do passado, tropeçando e caindo no futuro...

Agitar consciências...

A Acção Animal lançou ha pouco tempo uma campanha publicitária para agitar consciências em Portugal sobre uma das mais estúpidas e crueis tradições nacionais - a tourada.

A divulgação da campanha tem tido “vários obstáculos”, desde a passagem do vídeo na televisão, à presença em revistas e jornais. Da minha parte acho que vale a pena a divulgação.

Alerto desde já que este anúncio contém cenas de violência explícita, eventualmente chocantes, bem... se já viram alguma tourada na televisão, estão habituados a bem pior...

Dixieland

Começa depois de amanhã (dia 7) em Cantanhede o maior festival de Jazz da zona centro de portugal, o Dixieland.

depois de amanhã lá estarei. Vale a pena uma visita

O amor é...

Hoje comecei a noite com vontade de “ir ao cinema” – já não vou há meses e até me apetecia... nada de jeito! Nenhum filme que valesse a pena o convite para ir ver.
Depois pensei que mesmo que houvesse, não saberia quem convidar... caminhei por entre nomes e apercebi-me que não existia nenhum com o qual quisesse de facto “ir ao cinema”… nesse momento percebi que mesmo que existisse alguma coisa de interesse no cinema acabaria por ir vê-la sozinho.

Esta fase entre paixões é fodida.

Depois lembrei-me do dilema do Miguel e a sua Teresa, num dos livros do meu autor português favorito. Fui buscar o livro à estante, e reli-o na transversal.



Não resisto a deixar aqui um parágrafo do livro “O Amor é fodido” de Miguel Esteves Cardoso:
“Uma vez, quando éramos felizes, ela disse: “É pena não haver outras coisas e pessoas. Quer dizer sermos só nós.”
Respondi que as pessoas podiam desaparecer mas que podia ficar o mundo – as montanhas, os poemas, o whiskey. E ela respondeu, com uma sinceridade que me assustou:
“Mas para quê?”

É fodido. O amor é fodido. Esta a que é esta”